Sobre o SIPADE
Trata-se de uma solução completa para auxiliar os órgãos públicos na identificação e diagnóstico de pastagens degradadas.
O Sistema para Apoio no Diagnóstico de Pastagens Degradadas (SIPADE) se baseia em estudos realizados pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiros campi Avançado Uberaba Parque Tecnológico (IFTM-CAUPT) e Uberaba e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O SIPADE auxilia na identificação de áreas indicativas de pastagens degradadas por sistema web, e, que permite identificar o grau de degradação de uma pastagem por sistema mobile. O usuário do aplicativo insere informações como presença de plantas invasoras, presença de cupim de montículo, presença de erosão laminar entre outras e o SIPADE gera relatório com a situação das pastagens em 4 cenários possíveis, quais sejam: a) pastagem produtiva; b) pastagem com presença de plantas invasoras que indicam início de degradação; c) pastagem com a presença de plantas invasoras e cupins, indicando estágio médio de degradação; d) pastagem com solo desnudo e processo erosivo intenso que denote pasto degradado e, por consequência, dano ambiental.
Após o identificação se a pastagem está degradada e, neste caso, do grau de degradação, será possível orientar o produtor sobre a necessidade da recuperação ou renovação das pastagens.
Sem dúvidas, as pastagens são o alicerce da alimentação dos ruminantes no Brasil. Estima-se que 90% dos nutrientes exigidos pelos animais são obtidos nas pastagens e, em média, 98% da carne bovina são produzidas nas pastagens. Mesmo com esta importância, estima-se que 60% das pastagens estão degradadas ou em algum estágio de degradação. Para isso o diagnóstico das pastagens degradadas se torna essencial para adequação ambiental reduzindo as perdas de solo pela erosão e seus impactos negativos no ambiente.
Uma pastagem está degradada quando a planta forrageira tem perda de vigor, de produtividade, de capacidade de recuperação natural para manter os níveis de produção e qualidade requerida pelos animais. Portanto, uma pastagem nestas condições:
- Tem baixa produtividade, que resulta em baixo desempenho dos animais, reduzindo a lucratividade do pecuarista;
- Causa diversos impactos ambientais;
- Possibilita, em casos extremos, a degradação do solo por compactação e/ou erosão.
As pastagens degradadas são um problema ambiental
O Brasil é o segundo maior produtor e exportador de carne do mundo, fato que coloca a pecuária como papel estratégico para o Brasil.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicou que o número total de animais em grandes rebanhos foi aproximadamente 225 milhões de grandes e pequenos ruminantes. Nesta direção, o uso de pasto representa uma alternativa prática e econômica para alimentar ruminantes e produzir, concomitantemente, carne e leite.
No entanto, o pastejo excessivo, causado por uma alta densidade de animais aliada à falta de manejo para reposição de nutrientes no solo, influencia negativamente a qualidade da pastagem e do solo, bem como a produtividade dos sistemas agrícolas. Estima-se que 60% das pastagens do Brasil estão degradadas ou em algum estágio de degradação (EMBRAPA, 2014).
Em síntese entende-se que a degradação das pastagens representa um problema ambiental global que exige mitigação. Logo, uma etapa fundamental para a restauração de pastagens degradadas é a identificação e o mapeamento preciso dessas áreas. E justamente neste contexto que o SIPADE vai auxiliar na minimização deste problema.
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